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"Cada real gasto em saneamento economiza nove em saúde", disse ministro da Saúde

"Cada real gasto em saneamento economiza nove em saúde", disse ministro da Saúde

Ministro da Saúde, Ricardo Barros, prestigia I Ciesa e fala da importância do Salta-Z, inclusive para população indígena
Por Coordenação de Comunicação

Publicação: Tue, 28 Nov 2017 16:44:22 -0300

Última modificação: Tue, 28 Nov 2017 16:44:22 -0300

Ministro da Saúde com criadores do Salta-Z

Foto: João Luiz

No terceiro dia do I Congresso Internacional de Engenharia de Saúde Pública e Saúde Ambiental - I Ciesa, 28, o ministro da Saúde, Ricardo Barros veio prestigiar o evento. Acompanhado dos diretores de Atenção Básica à Saúde, João Salame Neto e de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento, Ana Cristina Wanzeler, o ministro ressaltou a importância do saneamento básico para a saúde brasileira.

"Cada real investido em saneamento economiza quatro reais em saúde, agora a Organização Mundial da Saúde refez as contas e disse que não é mais quatro, é nove. Cada real investido em saneamento economiza nove reais em saúde, por isso que não poderia deixar de vir num Congresso da Funasa", disse o ministro.

Com 1.155 projetos de saneamento básico em todo o Brasil e com o lançamento do Programa Avançar pelo presidente da República, Ricardo Barros afirmou que foi destinado 1,2 bilhão para ações da Funasa, totalizando 3.300 obras que estarão em andamento. "O orçamento da Funasa aumentou 89% no ano passado, uma ampliação significativa, apesar que deveria ser muito mais".

Uma tecnologia de sucesso da Funasa, Salta-z, não passou despercebida na fala do ministro no Congresso. "Soluções novas estão sendo propostas, o Salta-Z está ai em andamento que é uma iniciativa muito importante, inclusive para a saúde indígena, sendo assim a Funasa tem a meta, nos próximos 4 anos, de ampliar a oferta de água de qualidade para mais de 35 milhões de pessoas".

Preocupado com o avanço do saneamento no Brasil, o ministro sugeriu que a Agência das Águas estabelecesse tarifa para quem poluísse recursos hídrico natural, segundo ele é mais barato poluir do que sanear. "Se é mais barato jogar no rio do que tratar, todo mundo vai jogar no rio. Então a Agência das Águas (ANA) precisa estabelecer uma tarifa alta para quem poluir, e isso vai induzir a solução. Se não onerar pesadamente quem polui não vamos evoluir de jeito nenhum", ressaltou.

Outro fator exposto pelo ministro foi o financiamento de estações de tratamento de esgoto com recursos do orçamento da União que os municípios concessionários doam para as empresas estaduais ou privadas de saneamento. "Porque o orçamento da União destina recursos a fundo para um município fazer rede de esgoto e ele dá de graça para uma companhia que tem sócio/privado? Que lógica tem isso? Nenhuma. Não é possível nosso recurso do orçamento da União vá parar no bolso do investidor da companhia de saneamento".

O terceiro dia do I Ciesa contou ainda com palestra de Leo Heler, da Fundação Oswaldo Cruz, da coordenadora do Programa Nacional de Saneamento Rural - PNSR, Sonaly Rezende; do português José Manuel Vieira, da Universidade do Minho em Portugal entre outros palestrantes que abordaram temas de gestão das ações de saneamento e saúde ambiental: melhorar o urbano e avançar no rural.

Também estiveram presentes no Congresso o secretário de Saúde do Pará, Vitor Manoel Jesus Mateus; do vice-presidente do Conassens, Charles Tocantins e do presidente do Instituto Evandro Chagas, Pedro Fernando da Costa.


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