Funasa viabiliza a construção de mais de 70 casas no Sergipe

Funasa viabiliza a construção de mais de 70 casas no Sergipe

Moradias serão entregues por etapa e as obras estão sendo realizadas com agilidade sob supervisão da Funasa
Por Coordenação de Comunicação

Publicação: Mon, 05 Apr 2021 15:16:36 -0300

Última modificação: Mon, 05 Apr 2021 15:27:54 -0300

Algumas construções já estão se aproximando da fase de finalização

Foto: Suest/SE

Uma junta formada pelo chefe da Divisão de Engenharia da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Sergipe, Sylvio Aboim; pelo prefeito da cidade, Mário Conserva; além de técnicos da Funasa visitaram a área onde estão sendo construídas 75 casas de alvenaria, no município de Muribeca, em Sergipe, no fim de março. As moradias fazem parte do Programa de Melhorias Habitacionais para Controle da Doença de Chagas (MHCDC) da Funasa e serão entregues em etapas.

As obras só foram possíveis graças à celebração de um convênio entre a Funasa e a prefeitura, no valor total de R$ 3 milhões. As construções foram iniciadas em julho de 2020 e serão entregues por etapa, a previsão é que sejam totalmente concluídas em 1º de outubro deste ano. De acordo com informações da Divisão de Engenharia de Saúde Pública (Diesp) da Suest/SE, o cronograma poderá sofrer alterações no decorrer dos meses e a data de entrega pode mudar.

Para receber a casa de alvenaria, a família deve aceitar ter a casa de taipa demolida. A demolição pode acontecer depois da finalização da obra de alvenaria, caso haja espaço para ser construída ao lado da casa de taipa, ou pode ser demolida antes do início das obras, dessa forma, os moradores normalmente são deslocados para residências cedidas pela prefeitura ou ficam com parentes.

Há ainda uma terceira situação, que é o caso de Muribeca, as casas de alvenaria são construídas em outra localidade e a moradia de taipa é demolida depois que as famílias se mudam. As casas que serão entregues contam com dois quartos, banheiro, sala, cozinha e área de serviço.

Mário Conserva parabenizou a Fundação pela agilidade no processo. "Quero agradecer à Funasa por todo esforço do corpo técnico que faz com que a obra corra dentro dos prazos e com a maior celeridade possível, o povo daqui agradece por isso", ressaltou.

A Funasa leva mais a quem menos tem

Em dias de chuva, a água lava o chão de terra batida e escorre pelos cômodos adentro através de buracos nas paredes e no teto. Para Amanda da Silva, 24 anos, que mora em uma casa de taipa com o marido e o filho, a entrega das moradias vai levar dignidade à população. "Aqui quando chove pinga tudo, as paredes já não têm condições de receber água, e eu tenho fé em Deus que um dia vou passar para uma casa de alvenaria minha, porque essas casas que a gente mora, de taipa, não é digna não (...). Banheiro a gente não tem, não tem nem vaso sanitário", relatou.

De acordo com o superintendente da Funasa no estado, Waldoilson Leite, para o projeto ser aceito, deve existir uma taxa de proliferação específica. "Acho importante (o Programa), mas discordo das limitações para os municípios serem contemplados. O município tem que estar com um índice de proliferação muito alto para ser atendido, a salvação é que se for através da emenda não tem essa exigência", disse.

Para o líder comunitário de Várzea da Onça, em Muribeca, Erisvaldo Ferreira, 30 anos, as casas de alvenaria são sonhos concretizados para as famílias. "Sou um líder comunitário daqui, da comunidade, e hoje vejo um sonho sendo realizado pela Funasa. Vejo a minha comunidade com muitas casas de taipa, que não têm banheiro, não têm saneamento básico, convivendo onde não tem estrutura para viver", afirmou.

O desemprego e a falta de renda fixa afastam diariamente os planos de construir uma residência de alvenaria e tornam mais dura a realidade dos moradores de Várzea da Onça. Mas, graças ao repasse de verba pela Funasa à prefeitura da cidade, essa conquista se tornará real para muitas famílias, como é o caso de Carlos André, 33 anos, que mora em uma casa de taipa com a esposa e três filhos.

Carlos está sem trabalho formal e segue a vida vendendo pipoca e bala, além fazer trabalhos de frete com uma carroça. Mesmo assim, sobra pouco recurso e uma família inteira para cuidar, com a renda que chega, no máximo, a R$ 150 por semana. Para ele, a mudança vai melhorar a qualidade de vida. "Quando chove, é melhor a gente estar na chuva que dentro de casa porque molha demais. Estamos esperando construir essas casas, que vai ser bom a gente ganhar, para ver se melhora a situação da gente, porque a situação tá precária", relatou.


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