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Associação Recicle a Vida recebe visita da Funasa no DF

Associação Recicle a Vida recebe visita da Funasa no DF

Financiamento da fundação à cooperativa possibilita melhora na cadeia de manejo de resíduos sólidos e na renda dos catadores
Por Coordenação de Comunicação

Publicação: Sex, 27 Ago 2021 16:29:19 -0300

Última modificação: Sex, 27 Ago 2021 16:31:53 -0300

Representantes da Funasa durante visita à Associação Recicle a Vida

Foto: Codre/Densp/Funasa

No dia 17 de agosto, representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) realizaram uma visita técnica à Associação Recicle a Vida, cooperativa de catadores localizada na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal.  O propósito da visita, realizada pelo corpo técnico da Funasa, foi o acompanhamento e reconhecimento da infraestrutura e gestão dos recursos cedidos.

Tal parceria é proveniente do Convênio (CV) n° 905755/2020, firmado entre a associação e a instituição, com investimento total de R$ 1 milhão, para aquisição de equipamentos.  O convênio é referente a ação de Apoio à Implementação de Projetos de Coleta e Reciclagem de Materiais, que contempla intervenções que contribuem para o aumento dos postos de trabalho. Além disso, busca o aumento da produtividade do processo de coleta e reciclagem de materiais, tendo em vista a mobilização dos catadores para a prevenção e controle de doenças e agravos, ocasionados pelas condições de trabalho a que estes estão submetidos.

Para que isso seja possível, membros do Departamento de Engenharia de Saúde Pública (Densp), que é a unidade responsável por esta ação, acompanharam e aferiram as condições da Associação Recicle a Vida. "Ficamos muito contentes e felizes com os resultados alcançados pela Associação Recicle a Vida. Primeiro, pela qualidade de vida que eles vêm dando aos seus cooperados e segundo, pelas mudanças que auxiliam na preservação do meio ambiente. Aspectos que vão de encontro com a missão da Funasa. Então, nos sentimos honrados em poder desenvolver um projeto conjunto por meio do financiamento de máquinas e equipamentos para aquela unidade", disse o diretor do Densp, Jonas Moura.

Além de Jonas, também estiveram presentes: Andréa Naritza, coordenadora-geral de Saneamento Estrutural (Cgsae); Getúlio Ezequiel, coordenador-geral de Saneamento Estruturante (Cgsan); Eduardo Rocha, coordenador de Drenagem e Resíduos (Codre); Érika Salustiano, coordenadora de Água e Esgoto (Coaes); Ana Finazzi, coordenadora de Programas em Saneamento em Saúde (Cosas); e Marcelo Chaves, coordenador de Assistência Técnica à Gestão em Saneamento (Coats). O consultor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Rodrigo Barreto, também participou da inspeção.

Segundo Eduardo, o financiamento da Funasa agregará valor ao plástico, que durante sua produção é prejudicado por impurezas de outros materiais. "A maior dificuldade da região é agregar valor ao material reciclado. Mas com a extrusora de plástico, financiada pela Funasa, será possível produzir materiais mais limpos e separados", pontuou.

Recicle a Vida

A Associação Recicle a Vida trabalha com a coleta, triagem, transporte e destinação final de resíduos, orgânicos e indiferenciados, em conformidade com a Lei Distrital n° 5.610, de 18 de fevereiro de 2016, e a especialidade da cooperativa é o tratamento dos resíduos recicláveis.

Segundo a coordenadora financeira da associação, Mônica Mendes, devido as mudanças de comportamento social e o enfrentamento das dificuldades regionais, a cooperativa passou por transformações na coleta seletiva. "As principais dificuldades enfrentadas pela região, com relação a resíduos sólidos, é a coleta seletiva. O resíduo chega até a nossa cooperativa de três formas: coleta seletiva feita de porta a porta, coleta por meio dos órgãos públicos e coleta por meio de grandes geradores, porém dessa forma a coleta não é eficiente. Além disso, ocorreu uma mudança significativa na questão dos resíduos, tínhamos um volume maior de papel. Hoje não temos mais tanto jornal impresso e o volume de papel diminuiu, porque as coisas estão mais digitais. Então, hoje temos uma população que consome muito mais plástico do que papel, por isso, começamos a focar mais nos plásticos", explicou.

Um dos fatores que contribuem para a otimização dessa logística da coleta realizada pela cooperativa, é a parceria de 10 anos com a Funasa, que, além de contribuir para a reciclagem do plástico, também auxiliou na coleta de resíduos em geral. "Desde 2011, a parceria vem tendo um impacto muito grande na Recicle a Vida. A gente conseguiu otimizar a questão da logística dessa coleta. Os caminhões que a gente possui foram adquiridos por meio de convênio com a Funasa. Com isso, a gente capta mais materiais e melhora a logística. Ainda, essa parceria nos possibilitou começar a industrializar o plástico e agregou um valor quase triplicado ao plástico. Então, o que pretendemos, juntamente com a instituição, é continuar verticalizando o plástico, agregando ainda mais valor ao produto e ao trabalho do catador, que antes fazia o trabalho mais difícil", afirmou Mônica.