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Funasa e AMM realizam estudo geofísico no Pantanal do Mato Grosso

Funasa e AMM realizam estudo geofísico no Pantanal do Mato Grosso

Estudo identifica locais para perfuração de poços tubulares por meio de corrente elétrica no solo
Por Coordenação de Comunicação

Publicação: Qui, 17 Dez 2020 17:31:43 -0300

Última modificação: Qui, 17 Dez 2020 17:53:38 -0300

Geólogo Ricardo Côrtes utilizando o resistivímetro Syscal PRO Switch

Foto: Vanderson Ferraz/AMM

Com o objetivo de contribuir na identificação da área mais adequada para perfuração de poços no Pantanal do Mato Grosso, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio da Superintendência Estadual da Funasa em Mato Grosso (Suest/MT), em parceria a Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), realizou estudos geofísicos utilizando a injeção de corrente elétrica no solo para medir as diferenças de potenciais elétricos, através da resistividade.

Por solicitação do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), a análise do solo foi realizada durante os dias 24 a 27 de novembro no município de Poconé, ao longo da Rodovia Transpantaneira, que tem aproximadamente 150km. Foram executados cinco estudos, um a cada 30 km, com a presença de um geólogo, um arquiteto, um topografo e três engenheiros - elétrico, sanitarista e ambiental. 

Para realizar a sondagem de águas subterrâneas, a Suest utiliza o resistivímetro Syscal PRO Switch, importado da França, ao custo de R$ 700 mil. De acordo com o geólogo da AMM, Ricardo Côrtes, o aparelho simplifica o estudo do solo. "O resistivímetro é um aparelho geofísico utilizado em diversas áreas de estudo e vem auxiliando a Superintendência Estadual na identificação de locais para perfuração de poços tubulares em todo o estado do Mato Grosso. Ele dá uma resolução maior, então gasta menos tempo em campo, economizando recursos e mão-de-obra", enfatiza. 

A perfuração dos poços tem o propósito de conter a falta de água nas lagoas durante as queimadas e a seca. Os poços serão abertos para suprir os corixos - canais que se formam no período da chuva e ligam as águas de baías e lagoas com rios próximos - que servem de abastecimento para os animais da região e reservatório para o Corpo de Bombeiros, utilizados nos incêndios no pantanal.

Para o superintendente estadual da Suest/MT, Francisco Holanildo, o bioma passa por um momento de estiagem e isso torna mais difícil encontrar água, até mesmo para atendimento em casos emergênciais. "No primeiro momento, estamos dando um apoio de localização, porque, no pantanal, nós temos um problema sério no período de estiagem. A Funasa tem o equipamento, que localiza água subterrânea. Nós fizemos esse levantamento do estudo geofísico para ver as possibilidades de encontrar água no subsolo e atender a demanda da Sema", explica.