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Funasa monitora qualidade da água em Macapá

Funasa monitora qualidade da água em Macapá

Orla de Macapá, áreas de ressaca, canais e a Policlínica Papaléo Paes tiveram materiais analisados para a verificação da balneabilidade e potabilidade
Por Coordenação de Comunicação

Publicação: Sex, 30 Abr 2021 14:34:46 -0300

Última modificação: Sex, 30 Abr 2021 14:42:58 -0300

Representantes do Sesam com a Unidade Móvel de Controle da Qualidade da Água (UMCQA)

Foto: Suest/AP

Durante o mês de abril, técnicos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio da Superintendência Estadual da Funasa no Amapá (Suest/AP), junto a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), iniciaram as coletas de amostras de água na capital amapaense para análises físico-químicas e microbiológicas. As coletas foram realizadas entre os dias 8 a 10 de abril e os resultados foram disponibilizados na semana seguinte, em 16 de abril. O objetivo é verificar a qualidade do recurso hídrico destinado a recreação - balneabilidade - e para consumo humano.

A atividade foi executada pela equipe do Serviço de Saúde Ambiental (Sesam), representada pela chefe do Sesam, Carmen dos Santos; pelo chefe-substituto do Sesam, Paulo Roberto Vieira, e o chefe da Seção de Segurança e Qualidade da Água para Consumo Humano (Saqua), Júlio Cesar da Silva. Além deles, também fizeram parte da ação, a equipe do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água Para Consumo Humano (Vigiagua), da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), composta pelo diretor de Vigilância Ambiental, Bruno Barros; os técnicos, Leonardo Rabelo e Mariana Silvana, e o agente de endemias, Josean de Jesus.

Durante a atuação, foi utilizada a Unidade Móvel de Controle da Qualidade da Água (UMCQA) para a coleta em 18 cidades. Os locais onde foram colhidas amostras são os pontos abastecidos pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), canais, áreas de ressaca - bacias de acumulação de água dos rios e chuvas - e soluções alternativas, como poços. As regiões escolhidas foram marcadas por georreferenciamento, norteando o trabalho e comprovando onde as amostras foram coletadas, para, assim, realizar um mapeamento das áreas e os devidos resultados.

Para Clodoaldo Monteiro, superintendente da Suest/AP, a parceria entre Funasa e a prefeitura, em ações de acompanhamento dos recursos hídricas, beneficiam toda a população com a prevenção de doenças. "A Funasa procura atender a todas as solicitações possíveis, no que diz respeito à captação, tratamento e distribuição de água de todas as prefeituras, bem como do Governo do Amapá. Contribuímos nesta ação dando suporte no controle da qualidade da água, com o nosso laboratório móvel e apoio logístico para avaliar as condições hídricas e prevenir doenças", ressalta.

De acordo com a chefe do Sesam, Carmen dos Santos, essa é a etapa inicial desta ação e explica que a Funasa tem programado mais trabalhos em parcerias com as entidades do estado. "Nesta primeira etapa, buscamos coletar as amostras em diversos pontos para identificar a qualidade da água oferecida para a população. Para o futuro, estamos planejando ações, junto a Vigiagua, para buscarmos dados mais específicos e, por meio deles, realizarmos uma análise estatística para continuar no monitoramento da água", esclarece.
 

Resultado das análises

O relatório das coletas identificou que duas, das três amostras coletadas da Caesa, obedeciam ao padrão de Potabilidade estabelecido pela Portaria nº 2914/11, do Ministério da Saúde (MS), que determina sobre o controle e a vigilância da qualidade da água. A coleta que apresentou Coliformes Totais e Escherichia Coli passará novamente por análise. 

Érica Oliveira, coordenadora da Vigiagua, explica que os resultados das amostras contribuem com o mapeamento das regiões que necessitam de ações de saneamento. "O material ficou 24 horas encubado para análise e, após o resultado, verificamos os acertos e falhas no nosso sistema sanitário, para poder cobrar políticas públicas necessárias e conscientizar a população", disse.  

"Se houvesse ocorrência desses microrganismos, indicaria a possível contaminação da água por microrganismos patogênicos, especialmente aqueles responsáveis por infecções intestinais. Houve apenas uma exceção em coleta proveniente da Caesa, com presença de Coliformes Totais e E. Coli, que será novamente coletada, repetindo o processo, para identificar se é da rede de água", explica José Mendes, farmacêutico bioquímico da prefeitura, responsável pelas coletas e análises. 

Todas as amostras provenientes do manancial Rio Amazonas, canais e áreas de ressaca foram classificadas como impróprias para consumo humano, por apresentarem elevada presença de Coliformes Totais e E. Coli. Foi verificado que nestas áreas o acúmulo de lixo é constante, propiciando a contaminação da água.

As amostras do poço e copa da Policlínica Dr. Papaléo Paes, obtiveram resultados microbiológicos positivos e, seguindo as recomendações da Portaria, passarão obrigatoriamente por processo de desinfecção.