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IV encontro do 1° Ciclo: Alternativas para otimizar o controle da qualidade da água

IV encontro do 1° Ciclo: Alternativas para otimizar o controle da qualidade da água

Encontro promovido pela Copae, discute resultados de pesquisa sobre remoção de cianotoxinas da água, o projeto é fruto de parceria entre Funasa e UFT/PR
Por Coordenação de Comunicação

Publicação: Sex, 25 Jun 2021 17:08:31 -0300

Última modificação: Sex, 25 Jun 2021 17:13:36 -0300

Marcelo Lelis, coordenador da Copae, e equipe durante o IV encontro online

Foto: Lucca Decia/Funasa

Na última quinta-feira (24/6), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio do Departamento de Saúde Ambiental (Desam), realizou o quarto encontro do 1º Ciclo de Apresentação de Pesquisas Apoiadas pela Funasa. O encontro virtual tratou da pesquisa: "Remoção de toxinas intra e extracelulares em água de abastecimento a partir de processos associados de flotação e adsorção em nanotubos de titanato e bentonita", e a coordenadora do projeto, Dra. Lucila Adriani Coral, da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UFT/PR), explicou os resultados e o processo de pesquisa.

O mediador da discussão foi o coordenador de Projetos, Pesquisas e Ações Estratégicas em Saúde Ambiental (Copae), Marcelo Lelis. Também contou com a participação de Deborah Silva Figueiredo Roberto, diretora do Desam e de Osman de Oliveira Lira, farmacêutico e bioquímico da Superintendência Estadual da Funasa em Pernambuco (Suest/PE), como debatedor, além das contribuições de servidores e convidados de todo Brasil, expondo dúvidas e questões sobre a aplicabilidade do projeto.

A pesquisa foi financiada pela Funasa, por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) n° 07/2014, com o objetivo de desenvolver matrizes de absorção de toxinas de modo a controlar a formação de florações de cianobactérias, bem como desenvolver tecnologias de tratamento de água para remoção desses poluentes, que são produzidos por cianobactérias e estão relacionadas a vários casos de intoxicações de animais e humanos, prejudicando a potabilidade e aumentando a eutrofização - fenômeno que ocorre como consequência do aumento da quantidade de nutrientes no ambiente aquático, causando a perda de biodiversidade e transmissão de doenças.

Para otimizar o controle da qualidade da água com a remoção das cianotoxinas, os materiais utilizados nos experimentos, para a absorção, foram argila (bentonita) e nanotubos de carbono e titanato. O processo também foi associado a tecnologia de flotação por ar dissolvido (FAD).

Segundo a coordenadora do projeto, Dra. Lucila Adriani Coral, essas toxinas, quando não removidas, podem modificar o odor e o sabor da água, características de perda de potabilidade. "Temos uma infinidade de micropoluentes na água, como fármacos, pesticidas e muitos outros. A proposta é que se busque um tratamento adequado para a remoção deles", explicou a Dra. Lucila.

Os processos convencionais de tratamento de água possuem eficiência reduzida na remoção de toxinas dissolvidas e acumula células nos decantadores e filtros, por isso essa pesquisa pode auxiliar em projetos de Estações de Tratamento de Água (ETAs) apropriadas à realidade da qualidade da água do manancial.

Para Osman Lira, diminuir os riscos à saúde das populações rurais é uma possibilidade por meio de estudos como esse, já que as cianobactérias estão presentes na água em qualquer lugar, até os mais remotos. "A pesquisa é muito importante para a Funasa relacionada ao saneamento rural, onde há situações que acarretam a proliferação de contaminantes na água. Essa pesquisa somada com as pesquisas que a Funasa vem desenvolvendo, trazem alternativas para desenvolver as ações da instituição da melhor forma", explicou Osman.

O financiamento de pesquisas pela Funasa possibilita uma cadeia rica de conhecimento e soluções para as comunidades. "O suporte financeiro nos permitiu agregar conhecimento aos nossos alunos, ao grupo de pesquisa e à população, por meio do estudo desses materiais", declarou Dra. Lucila.

De acordo com Marcelo Lelis, coordenador da Copae, essas parcerias são fundamentais para um desenvolvimento conjunto. "Queremos trabalhar cada vez mais essa aproximação da academia com a Funasa e, consequentemente, com a sociedade. A Funasa é essa ponte entre os serviços e o conhecimento", disse Marcelo Lelis.

O 1° Ciclo de Apresentação de Pesquisas Apoiadas pela Funasa, promovido pela Copae, do Desam, prevê o próximo encontro em julho. A divulgação de mais informações será feita por meio dos canais de comunicação da fundação.