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Para minimizar estragos causados na Bahia, Funasa presta apoio no controle e qualidade da água

Para minimizar estragos causados na Bahia, Funasa presta apoio no controle e qualidade da água

Chuvas que afetaram o estado causaram a contaminação de sistemas de abastecimento de água e mananciais de vários municípios
Por Coordenação de Comunicação

Publicação: Qui, 05 Mai 2022 18:58:20 -0300

Última modificação: Qui, 05 Mai 2022 19:03:32 -0300

Técnico da Funasa fazendo coleta

Foto: Suest-BA/Funasa

Desastre é o resultado de processos adversos, naturais ou provocados pelo homem em um sistema vulnerável, causando danos humanos, ambientais e/ou materiais e consequentes prejuízos econômicos e sociais. Para minimizar esses impactos a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está trabalhando, desde dezembro de 2021, no combate aos estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram o estado da Bahia, prestando apoio ao controle e da qualidade da água.

A Funasa coletou pouco mais que 460 amostras de água em mais de 60 municípios no Sul - nas regiões de Itabuna, Ilhéus, Jequié e Gandu - e no Oeste da Bahia. Com essas amostras, os técnicos da Superintendência Estadual da Funasa na Bahia (Suest/BA) puderam realizar cerca de 2100 analises de água - microbiológicas e Físico-Químicas -, verificando a cor, turbidez, pH, cloro e a presença de Escherichia coli (E. coli) e Coliformes Totais (C. Total).

"Com nossa participação na Sala de Situação de Inundações, se tornou mais efetiva a interação do Comitê de Gestão em Desastres (CGD) da Presidência e do Grupo de Resposta em Desastres (GRD) da Suest. Graças a isso, o apoio prestado melhorou e pudemos divulgar os resultados obtidos em campo em tempo real", apontou o técnico da Coordenação de Projetos, Pesquisas e Ações Estratégicas em Saúde Ambiental (Copae), Telmo Melgares.

Para o morador de Canavieiras/BA, Tarcísio Ribeiro, o apoio da Funasa foi fundamental para garantir a segurança da água nas localidades atendidas e, por meio desse atendimento, será possível assegurar uma boa qualidade de vida. "Nossa cidade foi muito afetada com as enchentes, principalmente a zona rural. Muitas famílias ficaram desabrigadas, sem energia, água e mantimentos. Por isso, acho sim de extrema importância as análises de água de forma preventiva. Acredito que através dos recursos hídricos os municípios irão se recuperar", disse.

Equipe e equipamentos disponibilizados

A Funasa mobilizou uma equipe - composta por membros do CGD e do GRD, com integrantes da Suest/BA e Suest/PE - para lidar diretamente com a situação de desastre que afetou o estado baiano, desenvolvendo atividades de resposta em conformidade com o Plano e Protocolo de Atuação da Funasa em Situações de Desastres.

A partir da formação destes grupos, foram tomadas iniciativas administrativas e técnicas, em resposta às necessidades da situação de emergência, para o desenvolvimento das atividades, disponibilizando equipamentos - como a Unidade Móvel de Tratamento de Água (UMTA) e a Unidade Móvel de Controle da Qualidade da Água (UMCQA) e a equipe da Seção de Segurança e Qualidade da Água para Consumo Humano (Saqua).

Reuniões e debates

Para que todas as ações se tornassem viáveis, foram necessárias várias reuniões com as secretarias de saúde e vigilância municipais e estadual; com o Comitê de Desastres, a Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde; com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), dentre outros órgãos. "Quando nos reunimos com as secretarias municipais, comitês e as entidades envolvidas temos a oportunidade de discutir as dificuldades e estratégias utilizadas para solucionar os problemas que surgem em cada um dos municípios. Além disso, utilizamos as ocasiões para produzir relatórios para conhecimento de outros envolvidos nas ações", explicou o chefe do Serviço de Saúde Ambiental (Sesam), da Suest/BA, Moisés Santos.

Dificuldades

No desenrolar das ações, a Funasa se deparou alguns desafios para poder, de fato, atender os municípios. Pontes arrastadas e estradas que cederam foram apenas alguns dos problemas que a equipe da instituição precisou enfrentar. Devido às condições climatológicas, as estradas alagadas e os lamaçais também limitaram a mobilidade da UMCQA e da UMTA, tornando o caminho perigoso e podendo danificar os equipamentos da instituição.

Com a locomoção dos técnicos reduzida foi preciso buscar rotas alternativas para desviar dos perigos e se deslocar entre as cidades e regiões até chegar nas comunidades com os materiais de coleta. "A maioria das pistas eram de barro vermelho e estavam encharcadas. Tínhamos dificuldades de passar os carros porque deslizavam ou atolavam, as pontes estavam destruídas e várias pistas cederam. Para instalar os equipamentos encontramos dois pontos, que eram em campos de futebol que ficavam em pontos baixos próximos à rios. E, por serem pontos baixos, quando as cheias vieram os locais ficaram inundados. Então, ficando lá, correríamos risco de perder os equipamentos, caso viesse uma chuva mais forte", evidenciou o chefe da Saqua, Tiago Dantas, sobre os empecilhos causados pelo grande volume de chuva nas regiões.